Cada gesto conta

"A solidariedade é o princípio fundamental da comunidade humana." (Agostinho da Silva)

Projeto “Coração em Moçambique”

Em parceria com a Step for Care e a Mota Engil, construiu-se uma “Ludoteca” e um parque infantil para animar as crianças do SO do Hospital Central de Maputo, que chegam a passar grandes temporadas internadas. Com a ajuda de duas escolas de Lisboa, angariámos e enviámos centenas de brinquedos, livros, material e mobiliário escolar. 

Em simultâneo, soubemos que a falta de camas e de um ecógrafo na Ala Pediátrica estava a comprometer o tratamento e recuperação de muitas destas crianças. Conseguimos que este material nos fosse doado, transportado e instalado.

Projeto “Coração em Portugal”

A Associação Coração Sem Fronteiras (ACSF) iniciou em 2014 o seu primeiro grande projeto em território nacional, mais concretamente nas freguesias de Parceiros, Azóia, Barosa e Maceira.

A criação do Núcleo Regional de Leiria foi essencial para um acompanhamento próximo à população local mais carenciada, e ao diligente envolvimento de uma rede de voluntários e parceiros especializados. 

O programa centrou-se maioritariamente em 3 áreas: saúde física e mental, inclusão social e ensino gratuito. 

Em termos práticos, foram disponibilizados:

Projeto “Coração na Guiné”

1ª Fase - Ajuda Humanitária

Passados 6 meses do primeiro contacto com a Associação Casa Emanuel, e de um cuidadoso levantamento das necessidades e a promover parcerias, chega por fim à Guiné-Bissau o primeiro de três contentores enviados com ajuda humanitária. A Associação albergava à data um complexo com um orfanato, escola e liceu, e um total superior a 500 crianças e bebés. Foram 62 toneladas, entre elas uma carrinha de transporte, um gerador para o complexo, material escolar e os habituais bens essenciais para garantir a subsistência destas crianças durante pelo menos 1 ano. Assim nasceu o projeto “Coração na Guiné”!

2ª - Saúde

Do sonho de construir o “Centro Médico e Hospitalar Emanuel” e do compromisso em reduzir a mortalidade materno-infantil, regressamos para distribuir equipamento médico e formar técnicos de saúde locais. De 9 unidades hospitalares Portuguesas, conseguimos angariar, transportar e instalar equipamento para 4 salas de parto, 1 bloco operatório, 1 sala de neonatologia, 1 sala de diagnóstico avançado (com raio-X e ecógrafo), 1 unidade de esterilização, 1 cozinha e 1 refeitório. Só nos 2 primeiros anos foram realizados 400+ partos com uma taxa de sucesso de 100%.

Durante este projeto, surgiu outro apelo para apoiarmos a JOCUM a equipar os seus Centros de Saúde e de Reabilitação Nutricional, onde é prestada assistência a bebés e crianças subnutridas, algumas infetadas com o HIV/Sida.

3ª - Educação

No sentido de combater a pobreza e erradicar o analfabetismo, decidimos conjugar esforços para reforçar a atividade das Oficinas de Língua Portuguesa desenvolvidas no âmbito do PASEG – Programa de Apoio ao Sistema Educativo da Guiné-Bissau. Foi através de uma campanha de intercâmbio escolar e angariação de material didático e educativo, que conseguimos entregar a 17 escolas, 16.500+ livros e manuais para todos os 7 níveis de ensino. Com o apoio da Fundação PT distribuímos também alguns computadores e conectámos alunos e professores de ambos os países.

4ª – Formação Profissional

Do contacto mantido, especialmente com a Casa Emanuel, percebemos que eram muitos os jovens do orfanato que a partir dos 14/15 anos queriam abandonar o ensino para começar a 

trabalhar. Já existiam formações em agricultura, marcenaria e construção quando foi edificado um espaço que se viria a tornar o primeiro Centro de Formação & Fábrica têxtil do país até à data.

Começaram por produzir batas para hospitais e bibes para escolas, acabando em época de pandemia por fazer máscaras sociais. 

5ª – Água potável e Saneamento básico

Na sequência da restruturação da única captação de água potável existente no ilhéu do Rei, a Coração Sem Fronteiras avançou com a construção da primeira instalação de saneamento básico do ilhéu, sito na Escola do Ensino Básico 14 de Novembro. Isto representou à época um incremento da qualidade de vida não só local como do país, onde 96% da população não tem acesso a saneamento básico. 

Para a realização deste projeto, contámos com o apoio da comunidade local na construção da infraestrutura, nomeadamente da Associação dos Amigos e Filhos do Ilhéu do Rei, e com a supervisão das obras da associação Alma d’África.